Crise na indústria: impacto na economia caxiense
A crise que vivida pela indústria
brasileira nos últimos anos já não é mais novidade, tendo se intensificado no
ano de 2014. Com base nos dados do IBGE divulgados nesse mês, no ano de 2014 a
produção industrial acumulou uma queda de 3,2% entre janeiro a novembro, quando
comparada ao mesmo período do ano anterior. Destaque para a queda acentuada na
atividade de fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, de
17,3%.
A novidade se dá pela dinâmica do
emprego. Após anos de estabilidade, o emprego industrial caiu 3,1% entre
janeiro a novembro de 2014. Nesse contexto, dados do MTE mostram a perda de
14.777 postos de trabalho na indústria de transformação brasileira. Esse
resultado é pior até mesmo se comparado ao ano de 2009, auge da crise, onde o
saldo ainda foi positivo em mais de 10 mil vínculos.
Para o município de Caxias do Sul, a
situação é ainda mais complicada. Em termos relativos, a indústria é
responsável por 41% da economia caxiense, ou seja, mais elevada do que a do
estado e do país, que são em torno de 25%. Logo, acompanhar a dinâmica da
indústria se torna ainda mais relevante para o município, que é o principal
para a indústria do RS, correspondendo pela geração de 9,4% do Valor Adicionado
Bruto.
Diante desse cenário, 3.173 postos de
trabalho foram fechados na indústria de transformação em Caxias do Sul de
janeiro até novembro. Esse resultado coloca o município entre os que mais
fecharam vagas para a indústria no Brasil. Também reflete nos indicadores de
desempenho da economia medidos pela CIC, que apontam para queda de 6,1% na
economia no resultado acumulado em 12 meses fechados em outubro de 2014. Ainda,
de acordo com matéria divulgada no dia 13 de janeiro pela Folha de São Paulo,
sete de cada 10 empregados do setor metalomecânico da cidade estão em férias
coletivas, o que equivale a cerca de 7% da população. Outros periódicos já
haviam destacado a crise no setor.*
Os ajustes na economia divulgados nos últimos dias pela equipe do governo, cujos objetivos são corrigir diversos desequilíbrios, devem ter resultados negativos na economia, ao menos esse ano. Depois dos problemas enfrentados em 2014, as expectativas de mercado para 2015 são de baixa atividade para a indústria e crescimento econômico próximo a zero. Tudo indica que o ano continuará sendo de muitas dificuldades.
Os ajustes na economia divulgados nos últimos dias pela equipe do governo, cujos objetivos são corrigir diversos desequilíbrios, devem ter resultados negativos na economia, ao menos esse ano. Depois dos problemas enfrentados em 2014, as expectativas de mercado para 2015 são de baixa atividade para a indústria e crescimento econômico próximo a zero. Tudo indica que o ano continuará sendo de muitas dificuldades.
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